Crise climática põe em risco a transição energética
Análise da PwC aponta que cenários de seca e aumento da temperatura, até 2050, ameaçam nove commodities críticas para o futuro do planeta
CEOs precisam acelerar planos de ação para resguardar a produção de commodities essenciais para a população e a economia global, ao mesmo tempo em que aumentos da temperatura e riscos de seca crescem ao redor do mundo, de acordo com o relatório publicado recentemente pela PwC, intitulado “Risco climático de nove commodities: protegendo pessoas e prosperidade”.
O estudo, que analisou nove commodities entre elas minerais críticos (cobre, cobalto, lítio), culturas essenciais (trigo, arroz, milho) e metais vitais (zinco, ferro, alumínio), conclui que, embora a redução das emissões de carbono diminuam os riscos relativos a calor e seca, os principais produtos ainda enfrentarão um estresse significativo, mesmo sob um cenário de baixas emissões.
De acordo com o material, mesmo que haja uma regressão nas emissões globais de carbono rapidamente (cenário de baixas emissões), 87% da produção mundial de arroz, mais de 70% da produção mundial de cobalto e lítio, e cerca de 60% da produção mundial de bauxita e ferro estarão em risco até 2050. É importante ressaltar que esses riscos podem ser gerenciados – e 47% dos CEOs ouvidos pela PwC dizem que já estão concentrados em proteger dos riscos climáticos suas forças de trabalho e ativos físicos. “Estamos vivenciando no Brasil exemplos de eventos climáticos extremos, as recentes chuvas na Região Sul.
As mudanças climáticas são uma realidade e é imperativo que as empresas invistam em medidas para reduzir as emissões e os impactos climáticos bem como medidas para adaptar as suas operações ao novo contexto mundial”, comenta Patrícia Seoane, sócia da PwC Brasil e líder para o segmento de Mineração. “Embora os CEOs estejam tomando medidas para reduzir as emissões e se adaptarem às alterações climáticas, é necessário fazer mais. As empresas precisam compreender suas dependências e impactos e, em seguida, trabalhar com governos e comunidades para transformar os seus padrões de consumo e produção. É crucial não só para o sucesso contínuo de empresas individuais, mas também para a saúde geral e a prosperidade da população global”, afirma a executiva.
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