rede-rs-cidade-2024-plataforma-brasil-inovador-rio-grande-sul-ceo-sos-plano-reconstrucao-retomada-economica-doacoes-governo-gabriel-souza-ocergs-cooperativa
industria-inovadora-2024-rede-brasil-inovacao-esg-ia-innovation-startup-aldo-cargnelutti-ceo-palestrante-cni-sesi-senai-iel-sesi-fiergs-mercopar-feira-caxias-sul-programacao
marcas-e-lideres-2024-top-marketing-advb-rs-vencecores-fotos-corporates-fusao-aquisicao-investimento-rede-brasil-inovador-aldo-cargnelutti-ceo-palestrante-(2)
rede-brasil-inovador-2024-semana-caldeira-instituto-porto-alegre-rio-grande-sul-ecossistema-inovacao-ia-ai-esg-startup-investidor-universidades-governo-al

BRDE disponibiliza R$ 325 milhões para retomada de setores atingidos pelas enchentes

BRDE disponibiliza R$ 325 milhões para retomada de setores atingidos pelas enchentes

Prioridade será atender permissionários do Mercado Público e da Rodoviária de Porto Alegre, além de comerciantes da Ceasa-RS

Chamado de Em Frente RS, o programa de empréstimo terá carência de 12 meses e quatro anos de prazo para pagamento – Foto: Maurício Tonetto/Secom
Com o objetivo de apoiar a retomada das atividades de setores atingidos pela enchente de maio, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) está disponibilizando R$ 325 milhões através de uma linha emergencial de crédito. O programa Em Frente RS terá carência integral de 12 meses e mais quatro anos de prazo para pagamento do valor financiado, com prestações que vão reduzindo a cada mês. O programa é para socorrer, prioritariamente, permissionários do Mercado Público e da Estação Rodoviária de Porto Alegre, comerciantes que operam na Ceasa-RS, empresas situadas no 4º Distrito da capital e o segmento de bares e restaurantes.

Detalhes do programa foram divulgados nesta segunda-feira (15/7), em evento realizado no Palácio Piratini, quando o governador Eduardo Leite apresentou um conjunto de medidas de apoio a empresas de pequeno porte e microempreendedores individuais (MEI). A linha de crédito do BRDE é exclusiva para empresas situadas nos municípios abrangidos pelo decreto de calamidade pública e localizados em áreas apontadas pelo sistema de mapeamento de áreas atingidas pelas enchentes (MUP RS), cuja versão pública também foi lançada hoje.

O financiamento está entre os mais acessíveis no mercado, com custo fixo de 10% ao ano. Os juros serão equalizados com recursos do Fundo Impulsiona Sul, instituído própria instituição de fomento. “É um grande esforço que o banco e o governo do Estado estão realizando para auxiliar setores responsáveis por milhares de empregos. Muitas dessas empresas estão há mais de dois meses com suas atividades prejudicadas, por isso criamos um programa acessível e que vai dar uma resposta rápida e efetiva”, explica o diretor-presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior.

Ranolfo destaca, também, que a definição dos segmentos atendidos nesta primeira fase do programa tem como motivação os desafios que eles estão enfrentando para voltar à normalidade. “Quando falamos do Mercado Público, da Rodoviária de Porto Alegre e dos feirantes da Ceasa, estamos falando de empreendedores e de serviços que atingem todas as regiões do Estado. Já a retomada dos bares e restaurantes, significa manter milhares de empregos”, frisou. No mês de maio, por conta do desastre meteorológico, a área de alimentação respondeu por 42% das demissões no RS.

Como acessar

O programa estará disponível a partir de 29 de julho. O BRDE está acionando uma rede de parceiros operacionais (Cresol, Sicredi, Sicoob) que serão responsáveis pelo recebimento dos pedidos. Os contratos serão celebrados, na sequência, diretamente pelo BRDE.

Para o diretor de Planejamento do banco, Leonardo Busatto, a operacionalização do programa através das cooperativas conveniadas amplia o leque de opções no atendimento às empresas interessadas. “Com os prejuízos que muitos empreendimentos sofreram, o programa terá uma importância enorme e decisiva para a retomada de uma grande parcela das empresas. Queremos que o recurso chegue na ponta o mais rápido possível”, destacou.

Busatto salientou ainda que buscar atender ao maior número possível de empresas foi uma das preocupações na modelagem do programa. “Definimos um teto de financiamento conforme o tamanho de cada empreendimento, mas, acima de tudo, o diferencial está no custo acessível para esse momento de dificuldades”, ponderou.

Modelos

O programa Em Frente RS fixou em R$ 150 mil o financiamento máximo para empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões e em R$ 500 mil para empresas que faturaram entre R$ 4,8 milhões e R$ 16 milhões por ano. Já para empreendimentos com receita bruta acima de R$ 16 milhões anuais, o limite de crédito é de até R$ 1 milhão.

O programa, além do custo fixo de 10% ao ano e o prazo de carência, terá como diferencial a diminuição do valor das prestações a cada mês, conforme os exemplos abaixo:

Financiamento de R$ 100 mil
Nenhum valor é pago durante a carência
Inicia com prestação de R$ 3.160,00 e termina com R$ 2.304,00
Valor acumulado ao final de cinco anos: R$ 131.457,00

Financiamento de R$ 500 mil
Nenhum valor é pago durante a carência
Inicia com prestação de R$ 15.800,00 e termina com R$ 11.522,00
Valor acumulado ao final de cinco anos: R$ 657.285,00

Financiamento de R$ 1 milhão
Nenhum valor é pago durante a carência
Inicia com prestação de R$ 31.603,00 e termina com R$ 23.044,00
Valor acumulado ao final de cinco anos: R$ 1.314.571,00
Além do Em Frente RS, o governo do Estado lançou, nesta segunda-feira, o programa MEI Calamidades, que apoiará a recuperação de mais de 22 mil microempreendedores individuais (MEIs) gaúchos, e anunciou a criação de uma linha de crédito denominada Pronampe Gaúcho, que será operada pelo Banrisul e atenderá microempreendedores individuais e pequenos negócios que tenham matriz ou filial localizadas em municípios em estado de calamidade  nas áreas apontadas pelo MUP RS.

Os anúncios de hoje reforçam o compromisso do governo em apoiar os pequenos empreendimentos, essenciais para a recuperação econômica do Estado, especialmente os mais impactados pelas enchentes de maio. As iniciativas fazem parte do Plano Rio Grande, que atua em três eixos de enfrentamento aos efeitos das enchentes: ações emergenciais, ações de reconstrução e Rio Grande do Sul do futuro.