OS VALORES DA HUMANIDADE
Maria Elena Pereira Johannpeter
Apaixonada por cocriar a expansão de consciências e transformar vidas para o sucesso e a felicidade. Palestrante, consultora e fundadora da ONG Parceiros Voluntários, há mais de 25 anos, hoje presente em todo o Brasil.
Todos nós sabemos o quanto algumas palavras se mantêm na moda e as que mais tenho ouvido, na última década, tem sido: evolução, inovação, criatividade e disrupção. Fico me perguntando o que realmente queremos com o uso dessas palavras? Buscamos a evolução para o desenvolvimento e aperfeiçoamento do conhecimento? A inovação, como novidade? A criatividade, como qualidade? A disrupção como a interrupção do curso de um processo, visando à melhoria? Enfim, estariam estas sujeitas ao efêmero?
Parece-me que as mudanças significativas, as que realmente fazem a diferença, são as mais difíceis e trabalhosas porque estão no nosso nível interno de desenvolvimento. Somos criativos externamente e usamos ferramentas de gestão como mecanismos que, talvez, venham a ser substituídos brevemente.
Desde a época dos pensadores gregos, e também em todas as tradições culturais milenares, os valores internos sempre foram exaltados. Portanto, em nosso íntimo, temos algo que “não sai da moda”, algo que também é reconhecido e denominado como VALORES UNIVERSAIS, tais como ética, moral, respeito, honestidade, generosidade, amor, paz, solidariedade, liberdade e justiça.
Vejamos, como exemplo, as empresas que se preocupam em oferecer produtos de procedências confiáveis. Estas, evidentemente, estão dentro da lógica do valor RESPEITO ao cliente, e mantendo este com o direito de usar a sua LIBERDADE de escolha pela marca desejada.
Na política, quando usado o valor da ÉTICA, tal atitude submete os processos à evolução gradual de eficientes parâmetros sociais, econômicos e políticos de uma população, sem necessidade de revolução traumática, porque as mudanças são alcançadas sem violência, através de reformas e, portanto, com o viés da PAZ.
Atualmente, ser criativo, “think outside the box” (pensar fora da caixa), é ser original. Trata-se de não seguir as normas pré-estabelecidas e de não repetir o que já foi feito milhares de vezes e que, embora possa ter trazido resultados para o bem de todos, restringem-se a determinados limites. Será que isso é, puramente, criatividade? Na verdade, aqueles que estão, não apenas intelectualmente, mas emocional e espiritualmente presentes nas relações humanas e negociais se tornam mais aptos e capazes de atuar no campo da realidade, por que se põem em movimento. O filósofo e educador Rudolf Steiner (1861-1925) dizia: “não posso esperar que algo mude lá fora na vida social se eu mesmo não me puser em movimento”.
Portanto, é imprescindível não confundirmos e nem esperarmos que apenas ferramentas ou instrumentos de gestão mudem realidades que não gostamos. As mudanças, as inovações em uma sociedade, começam dentro das pessoas e acontecem pela prática permanente dos VALORES UNIVERSAIS. São esses movimentos internos que efetivamente levam à evolução.
Agora, eu deixo para você que acompanhou essa leitura até aqui, que responda qual o significado dessa reflexão, e como você une VALORES a tudo o que você pratica, em todos os momentos de sua vida. Pergunte a você mesmo: eu SOU Valores ou eu TENHO Valores? Você percebe a diferença? Qual é a diferença para você? Se quiseres compartilhar comigo, ficarei muito honrada.
Meu abraço.
Parabéns!