• Medicamentos estarão disponíveis nas farmácias de todo o Brasil ao longo de 2025;
• Farmacêutica se torna a primeira brasileira a produzir e vender análogos de GLP-1 para o país e o mundo;
• Entrada em mercado multibilionário de liraglutida reposiciona empresa no cenário global;
• Medicamento usa matéria prima sintética e tem alto teor de pureza.
A EMS, maior laboratório farmacêutico do Brasil, obteve aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a produção de dois medicamentos inovadores à base de liraglutida: Olire, para o tratamento de obesidade, e Lirux, voltado ao controle do diabetes tipo 2. Ambos os produtos, classificados como análogos de GLP-1 – peptídeos de alta tecnologia – estarão disponíveis nas farmácias brasileiras a partir de 2025. Com essa conquista, oficializada pelo órgão nesta terça-feira (24), a EMS se torna a primeira farmacêutica 100% brasileira a ingressar no mercado global de análogos de GLP-1, competindo diretamente com gigantes internacionais do setor. A empresa também é pioneira no Brasil a obter autorização para fabricar e comercializar essas moléculas tanto no mercado interno quanto no exterior.
Para Carlos Sanchez, Presidente do Conselho de Administração da EMS, a conquista representa um marco histórico a companhia que completa 60 anos e alcança um novo patamar no segmento farmacêutico nacional e mundial. “Desenvolvemos um produto no país, com tecnologia brasileira, do zero. Vamos fabricar desde a matéria-prima até o produto acabado, reforçando nossa posição de liderança no mercado farmacêutico brasileiro com produtos de alta qualidade e de grande impacto”, destaca.
Internacionalização
A inovação é atualmente a principal estratégia da empresa para ganhar relevância global com pesquisa e desenvolvimento de medicamentos e submetê-los, posteriormente, ao registro e aprovação de agências regulatórias no Brasil e exterior. De acordo com a companhia, as novas terapias anunciadas estão em linha com a sua fase de internacionalização, que segue em rota acelerada de investimentos para concorrer no mundo com medicamentos complexos, de qualidade e revolucionários no mercado e saúde pública.
Carlos Sanchez afirma que a expectativa é comercializar essas moléculas de liraglutida também no exterior. Daqui a oito anos, o grupo poderá faturar US$ 2 bilhões no exterior e outros US$ 2 bilhões no Brasil”, afirma.
Segundo levantamento da Barclays, o setor de medicamentos para combater a obesidade pode movimentar até US$ 199 bilhões anualmente nos próximos anos. Só em 2022, as vendas do medicamento de referência para diabetes tipo 2 movimentaram mais de US$ 6 bilhões no mundo até agosto de 2023.
Tecnologia de ponta
Olire, indicado para tratamento de obesidade e sobrepeso com comorbidades; e Lirux, indicado para diabetes tipo 2; reproduzem o GLP-1, um hormônio fisiológico produzido pelo intestino (incretinas), liberado na presença de glicose, que sinaliza ao cérebro que estamos alimentados, diminuindo o apetite. Ele aumenta os níveis de insulina e equilibra os níveis de açúcar no sangue. Estes medicamentos de inovação incremental são fabricados por meio da UltraPurePep, a mais moderna tecnologia existente para criar a nova geração de análogos de GLP-1, que proporciona alto grau de pureza e rendimento.
Nova Fábrica
Os medicamentos Olire e Lirux já estão sendo fabricados em fase piloto na nova unidade fabril do Grupo NC, Rio Biofarmaceutica Brasil Ltda (RBBL), instalada em um espaço de 2,5 mil m² dentro da própria sede da farmacêutica EMS, em Hortolândia (SP), cuja inauguração ocorreu em agosto de 2024. A RBBL é uma unidade fabril altamente tecnológica, que terá capacidade para produzir, por ano, 20 milhões de unidades de canetas injetáveis contendo esses medicamentos. A partir de março de 2025, a expectativa é dobrar a produção para 40 milhões de unidades.
Somente a fábrica, demandou um investimento de R$ 70 milhões – desse total, R$ 48 milhões provenientes do financiamento com o BNDES, em contrato assinado em 2020. A nova unidade fabril vai gerar 150 novos empregos e cerca de outros mil postos de trabalhos de forma indireta.
De acordo com a empresa, o grande diferencial é justamente a tecnologia embarcada que usa matéria prima sintética (peptídeo químico) e permite um alto teor de pureza. A dose de Lirux é até 1,8mg, ao dia; e de Olire, até 3mg ao dia.
Sobre a EMS
A EMS, maior laboratório farmacêutico no Brasil, líder de mercado há 18 anos consecutivos, pertence ao Grupo NC. Com 60 anos de história e 6,7 mil colaboradores, atua nos segmentos de prescrição médica, genéricos, medicamentos de marca, OTC e hospitalar, fabricando produtos para praticamente todas as áreas da Medicina. Tem presença no mercado norte-americano com a sua controlada Vero Biotech, localizada em Atlanta, Geórgia (EUA), por meio da qual a EMS obteve em 2019 a aprovação de seu primeiro produto revolucionário, fruto de inovação radical, submetido à FDA (EUA), posicionando o laboratório como uma empresa inovadora no mercado global. A EMS também investe consistentemente em inovação incremental, em genéricos de alta complexidade e é uma das acionistas da Bionovis, de medicamentos biotecnológicos – considerados o futuro da indústria farmacêutica. A empresa possui unidades produtivas em Jaguariúna (SP); em Brasília (DF); em Hortolândia (SP), onde funcionam o complexo industrial, incluindo o Centro de Pesquisa & Desenvolvimento, um dos mais modernos da América Latina, e a unidade totalmente robotizada de embalagem de medicamentos sólidos; e conta também com a Novamed, localizada em Manaus (AM), uma das maiores e mais modernas fábricas de medicamentos sólidos do mundo. Na Sérvia, possui a farmacêutica Galenika, adquirida em 2017 como parte do processo de internacionalização da companhia. A EMS exporta para 55 países e tem, na Itália, o laboratório de pesquisas MonteResearch. A empresa mantém um histórico consistente de iniciativas sociais, culturais, ambientais e esportivas dentro e fora do país como uma forma concreta de também promover saúde e qualidade de vida.