A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Embaixada da Itália em Brasília, em parceria com a Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS), realizaram hoje o evento de encerramento do projeto humanitário voltado à proteção e inclusão socioeconômica de refugiados e migrantes venezuelanos no Brasil. Com um investimento de €500.000, a iniciativa beneficiou mais de 5 mil pessoas em Roraima, priorizando comunidades indígenas, crianças e adolescentes.
O evento, sediado na Embaixada da Itália em Brasília, reuniu representantes do governo italiano, do ACNUR e de organizações parceiras para reforçar a importância da colaboração internacional na resposta à crise migratória venezuelana. Durante os 12 meses de implementação, o projeto garantiu acesso a documentação, educação, saúde, moradia emergencial e apoio financeiro para pessoas em situação de vulnerabilidade nas cidades de Pacaraima e Boa Vista.
O financiamento da Cooperação Italiana reforçou a resposta humanitária da “Operação Acolhida”, assegurando proteção e orientação legal, além de abrigamento para cerca de 4 mil refugiados e migrantes. Aproximadamente 650 pessoas em situação de extrema vulnerabilidade receberam auxílio financeiro para fortalecer sua autonomia.
Atividades esportivas e culturais também foram promovidas, impactando diretamente 500 crianças, adolescentes e adultos, contribuindo para a convivência pacífica e o combate à xenofobia.
O Representante do ACNUR no Brasil, Davide Torzilli, destacou o impacto do projeto: “Esta iniciativa foi um farol de esperança para muitos, proporcionando proteção essencial e assistência humanitária a populações vulneráveis.”
O Embaixador da Itália no Brasil, Alessandro Cortese, reforçou a importância da cooperação internacional: “A solidariedade é um valor fundamental para a Itália, e estamos comprometidos em apoiar iniciativas que garantam dignidade e oportunidades para refugiados e migrantes em situação de vulnerabilidade.”
O Diretor da AICS, Mario Beccia, ressaltou: “O compromisso da Itália com a resposta humanitária continua firme, garantindo que aqueles que mais precisam recebam o apoio necessário para reconstruir suas vidas.”
O ACNUR reafirma a necessidade de responsabilidade compartilhada entre governos, setor privado e sociedade civil para fortalecer a resposta ao deslocamento forçado. A assistência humanitária não apenas garante a sobrevivência, mas também promove a integração socioeconômica dos refugiados, alinhando-se à Agenda 2030 da ONU para que ninguém seja deixado para trás.