O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participou nesta sexta-feira, 4, da assinatura do termo de compromisso da nova usina de etanol de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. No evento, ele destacou que o Brasil deixou de importar diesel dos Estados Unidos para substituir por biocombustíveis, o que deve gerar empregos no país, contribuir para o meio ambiente e para o cuidado com a saúde da população. “O Brasil é um exemplo para o mundo de gasolina mais limpa”, pontuou. Alckmin anunciou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai disponibilizar R$ 20 bilhões em 4 anos, com taxa de 1,9% para pesquisa, desenvolvimento e inovação em biocombustíveis.
O vice-presidente também ressaltou que o país tem um forte compromisso com o combate às mudanças climáticas e com a descarbonização. “O que precisamos agora é ter mercado de carbono regulado. A transição energética vai atrair muito investimento, gerar emprego e desenvolvimento. Essa é uma nova industrialização, uma neo industrialização, indo ao encontro do combate às mudanças climáticas”, afirmou. Alckmin informou ainda que o governo tem planos de trocar o querosene de avião por óleo vegetal. Ele defendeu que essa mudança vai ajudar a incentivar o agronegócio e pontuou que as condições econômicas estão mais favoráveis, com boas taxas de câmbio.
Alckmin declarou que a queda da taxa de juros anunciada pelo Banco Central deve ajudar o setor, mas que a Selic ainda precisa cair muito mais. “O tripé juros, câmbio e imposto é fundamental. O câmbio está bem em R$ 4,80, R$ 4,90, R$ 5. Está competitivo. O imposto da reforma tributária vai ajudar a desonerar completamente o investimento em importação, que acaba com a cumulatividade. E os juros, não tem nenhum sentido você com 3% de inflação ter uma Selic de quase 14%. Não existe isso. Então essa queda de 0,5, tao importante quanto cair, foi a sinalização de que nós vamos ter outras reduções. Os juros futuros já está caindo”, avaliou.
Também presente no evento, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou que o Estado já mapeou mais seis plantas que podem ser instaladas na região e lembrou do decreto assinado que estabelece a possibilidade de crédito presumido a usinas de etanol e biodiesel.
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