Com um tom de celebração e proximidade, a abertura da 34ª Conferência Anprotec marcou o início oficial de um dos eventos mais importantes do ecossistema de inovação brasileiro. Realizado no Parque de Inovação Tecnológica (PIT) em São José dos Campos, o encontro reuniu representantes de instituições públicas e privadas, além de lideranças acadêmicas e empresariais, em um ambiente propício para troca de experiências e fortalecimento das conexões.
A presidente da Anprotec, Adriana Faria, destacou a importância de estar “entre amigos” e reforçou o papel da associação na construção de um dos maiores ecossistemas de inovação do mundo. “Com 64 parques tecnológicos em operação, 300 incubadoras, 60 aceleradoras e 8000 empresas vinculadas, o Brasil possui uma comunidade vibrante que trabalha ativamente para transformar o país”, afirmou Adriana, ressaltando o impacto das políticas públicas e o compromisso da Anprotec com a expansão desse ecossistema.
Conexões e colaboração em destaque
Os discursos dos convidados reforçaram o papel estratégico da Anprotec como catalisadora de conexões no ecossistema de inovação. Jeferson Cheriegate, presidente do Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos, celebrou o crescimento do parque e sua integração à rede paulista de ambientes de inovação.
Paulo Renato, do Sebrae Nacional, destacou a resiliência da Anprotec em seus 40 anos de história. Sheila Pires, diretora do Departamento de Apoio aos Ecossistemas de Inovação, trouxe uma perspectiva histórica das políticas públicas para inovação no Brasil. “Investimos R$ 560 milhões em parques entre 2022 e 2023, através da Finep, e estamos avançando com novas iniciativas para 2025”, anunciou. Já Cristiane Barbosa, da Finep, revelou novos esforços para fomentar deeptechs e ambientes de inovação por meio de editais recentes.
Tânia Mara Francisco, diretora de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Educação Superior do MEC, ressaltou o papel estratégico das universidades e dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) na construção de um ecossistema robusto. Ela anunciou um que um futuro novo edital voltado ao fortalecimento dessas iniciativas.
Jorge Audy, da Associação Internacional dos Parques Científicos e Áreas de Inovação (IASP), reforçou a importância da conexão global para os parques tecnológicos brasileiros. “O movimento internacional é fundamental, e mais ambientes brasileiros devem se integrar à rede mundial”, afirmou.
Do cenário regional, Gláucio Lamarca, da Secretaria de Mobilidade Urbana de São José dos Campos, destacou o pioneirismo da cidade como a primeira “cidade inteligente” do Brasil. André Aquino, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, complementou ressaltando o papel da Anprotec em facilitar conexões estratégicas para fortalecer o ecossistema paulista.
Guila Calheiros, diretor de Planejamento e Gestão da Embrapii, destacou os avanços em inovação tecnológica apoiados pela instituição, que, em 2024, já movimentou R$ 1 bilhão em mais de 500 projetos.
Um futuro promissor para o ecossistema
O evento também marcou a retomada do Prêmio Anprotec, focado em cases de sucesso que inspiram a comunidade, e celebrou o alcance da associação, que, em 2024, atingiu 420 associados. “Isso reflete o engajamento e a relevância da nossa atuação”, destacou Adriana Faria.
A abertura da Conferência Anprotec 2024 evidenciou a força do ecossistema de inovação brasileiro e o compromisso das instituições participantes em colaborar para cidades mais inteligentes, acessíveis e sustentáveis. Ao longo da semana, workshops, palestras e sessões interativas prometem aprofundar o debate e inspirar novas ações para o futuro da inovação no Brasil.
A Conferência Anprotec 2024 segue até o dia 5 de dezembro, com uma programação que inclui workshops, painéis e a apresentação de cases de sucesso. O evento é uma realização da Anprotec, em parceria com o Sebrae, e está sendo sediado pelo Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos e tem como patrocinadores a Finep e CNPq, do MCTI, além de Confea, Crea e Mútua.