No primeiro dia da Conferência Anprotec 2024, realizada no Parque de Inovação Tecnológica (PIT) em São José dos Campos, o workshop “Sebraetec NI: Conectando Ecossistemas e Impulsionando Negócios Inovadores” reuniu especialistas, empreendedores e representantes de incubadoras para compartilhar resultados e experiências do programa Sebraetec NI, fruto de uma parceria de longa data entre a Anprotec e o Sebrae.
A abertura do workshop foi conduzida por Adriana Faria, presidente da Anprotec, que destacou a solidez da parceria entre as instituições e o impacto do Sebraetec NI no desenvolvimento de ecossistemas inovadores. “O programa tem se mostrado essencial para impulsionar a inovação e fortalecer empreendedores e startups. É uma iniciativa que precisa e tem dado certo”, afirmou.
Mateus Campos, do Sebrae Nacional, complementou a introdução explicando os objetivos do Sebraetec: viabilizar o acesso de pequenos negócios a serviços tecnológicos que promovam a inovação. Segundo ele, o programa é voltado para empreendedores e incubadoras de todo o país, nos estados que aderirem ao projeto.
O workshop avançou com a apresentação de dois cases de sucesso que ilustraram o impacto do Sebraetec NI em diferentes regiões do Brasil.
Case 1: Impacto em Minas Gerais
A apresentação do primeiro caso de sucesso destacou o impacto do Sebraetec NI em Minas Gerais, reunindo profissionais de diversos eixos do programa. A mediação foi conduzida por Fabiano Pereira, gestor de temática do Sebraetec, que apresentou as contribuições da incubadora Unitecne, do Sebrae de Juiz de Fora e da startup Juristta, liderada por Fernando Souza.
Dionir Andrade, representante da Unitecne – Incubadora de Empresas da Universidade de Uberaba (Uniube), explicou como a incubadora atendeu a startup Juristta dentro do escopo do programa Sebraetec NI, proporcionando suporte estratégico e conexões valiosas. Ela ressaltou a importância do programa para estabelecer conexões estratégicas entre diferentes áreas. “Essas conexões que a gente faz são valiosíssimas”, afirmou. A relevância dessas articulações foi corroborada por Débora, do Critt – Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia da UFJF, que desempenhou um papel crucial ao conectar a incubadora à startup Juristta.
Fernando Souza, fundador da Juristta, compartilhou sua experiência, destacando como o Sebraetec NI foi essencial para o desenvolvimento de sua empresa. “É um programa que te faz pensar muito, repensar e querer aprender. Mas é preciso estar disposto a fazer acontecer”, observou.
Representando o Sebrae de Juiz de Fora, Daniela Fabri apontou os impactos positivos do programa nas startups mineiras e no desenvolvimento regional. “A grande virada está em promover o desenvolvimento social e econômico por meio da inovação”, concluiu.
Case 2: Ecossistema de Inovação no Espírito Santo
O segundo caso de sucesso, mediado por Ubirajara Nascimento, do Sebrae Espírito Santo, destacou como o Sebraetec NI tem contribuído para fortalecer o ecossistema de inovação do estado. Durante a apresentação, foram detalhados os critérios de credenciamento de startups pelo Sebrae ES, além das etapas necessárias para que empreendedores locais acessem o programa.
O destaque da sessão foi o case da Touch BioSafe, uma startup atendida pelo Sebraetec NI no Espírito Santo que já alcançou alta maturidade tecnológica, com seu produto classificado como TRL 8. Rafael Mendes, fundador da startup, compartilhou sua trajetória desde o início do desenvolvimento, em 2021, até os avanços conquistados com o apoio do programa.
A evolução da Touch BioSafe contou com suporte direto da incubadora TecVitória, que atua na região desde 1995. Representando a incubadora, Gabriel Torobay, gerente de incubação, explicou como a TecVitória, no âmbito do Sebraetec NI, fomenta a inovação e incentiva o empreendedorismo, especialmente em áreas periféricas. “Além de implementar a inovação, a gente também tem que incentivar o empreendedorismo”, enfatizou Torobay.
O case demonstrou como o Sebraetec NI, aliado a parcerias estratégicas com incubadoras como a TecVitória, promove um impacto significativo no desenvolvimento de startups e no fortalecimento do ecossistema de inovação regional.
Futuro do Sebraetec
O debate “O Futuro do Sebraetec NI” reuniu representantes do Sebrae de diferentes regiões e da Anprotec para encerrar as discussões do workshop. Mediado por Paulo Renato, do Sebrae Nacional, o painel abordou os desafios e perspectivas do programa, com destaque para o compromisso do Sebrae em resolver complicações enfrentadas por startups e incubadoras no credenciamento.
“O Sebraetec é essencial para fomentar a inovação no Brasil, mas é necessário que os empreendedores aproveitem ao máximo essa oportunidade oferecida pelo Sebrae”, destacou Paulo Renato.
Entre os participantes estavam Tony Chierighini, vice-presidente da Anprotec, e Fabiano Pereira, do Sebrae de Minas Gerais. Ambos reforçaram o impacto positivo do Sebraetec no desenvolvimento local de ecossistemas inovadores, incentivando a expansão nacional de empreendimentos de base tecnológica. “O Sebraetec é uma ferramenta que conecta a inovação às necessidades reais do mercado, promovendo desenvolvimento sustentável e impacto socioeconômico. Nosso papel é continuar ampliando o alcance desse programa e garantir que mais empreendedores tenham acesso a ele”, afirmou Tony.
Para enriquecer o debate, Ubirajara Nascimento, do Sebrae Espírito Santo, compartilhou experiências de seu estado e ressaltou a importância da proatividade dos empreendedores. “Há um grande espaço, usem mais do Sebrae, busquem nossos editais”, afirmou. Ele também destacou que o sucesso do programa depende do trabalho colaborativo entre diversos atores do ecossistema. “A gente vai fazer o futuro, mas para que esse futuro aconteça, ele precisa ser feito a várias mãos”, concluiu.
A Conferência Anprotec 2024 segue até o dia 5 de dezembro, oferecendo uma programação rica em workshops, painéis e apresentações de cases de sucesso. Realizada pela Anprotec, em parceria com o Sebrae, o evento conta com patrocínio da Finep, CNPq, Confea, Crea e Mútua, e está sendo sediado pelo Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos.