Gustavo Victorino fala sobre desafios do agronegócio no Brasil e no mundo
Claudia Paulitsch – MTB 9095 | Agência de Notícias
Edição: Sheyla Scardoelli – MTE 6727 – Foto: Celso Bender
No Grande Expediente da sessão plenária desta terça-feira (29) o deputado Gustavo Victorino (Republicanos) falou sobre o tema Os desafios do Agronegócio no Brasil e no Mundo. Ele pediu respeito aos produtores rurais e ao agro, um segmento da economia que cresce e alimenta grande parte do mundo. “Não permitam que falsas premissas atribuam ao agro do Rio Grande do Sul e ao agro brasileiro temas que não lhe são pertinentes, e que são desabonadores”. Frisou que o agro e a produção primária são “nossa vocação”, e para isso precisam de estradas, de silagem, de infraestrutura e de leis claras e objetivas.
O deputado observou que o tema é decisivo para a economia moderna. Segundo ele, falar de agronegócio é falar sobre comida na mesa. Ponderou que a tecnologia avança e tem beneficiado a produção. Lembrou que na Expodireto Cotrijal quase 70 países vêm buscar tecnologia, ao contrário do que ocorria há anos atrás.
Reclamou uma visão de respeito e reconhecimento com quem produz e movimenta a economia. “Parece que muitas pessoas oferecem resistência, imaginando que o agronegócio é feito por milionários e pessoas que vivem de forma nababesca e que ignoram o interesse social.” Lamentou que pessoas manifestem preocupação com a “camionete que o produtor tem”, ignorando as perdas e riscos que enfrentam, e muitas vezes, noites sem sono devido à falência, algo que não costuma ser noticiado. Disse que esse cenário inclui um componente político-ideológico, em que o agro é tratado como vilão.
Pedido de ação
O parlamentar registrou ainda que nove linhas de financiamento para o agro foram cortadas no primeiro mês em que o governo federal assumiu. Observou que tem ouvido discursos pomposos em defesa da indústria de laticínios e indústria leiteira, mas não tem visto atitude e ação. Ressaltou que tem 77 propostas legislativas na Assembleia voltadas ao desenvolvimento econômico. E reforçou o pedido de atitude, criticando quando, em momentos de crise, se oferecem apenas linhas de crédito. A real atitude, segundo ele, estaria ligada aos investimentos em infraestrutura, em silagem, em transporte, em rodovias e logística, que são gargalos do agro.
Gustavo Victorino afirmou que não consegue entender como o agro é ligado à destruição, uma distorção. Criticou a legislação que impede os produtores de armazenarem água, pois tem regras muito rígidas. Comentou que pequenos produtores enfrentam muitas dificuldades. Ressaltou ainda que a produção está caindo na Europa, onde há “os mesmos do contra que enfrentamos aqui”. E prosseguiu: “aqui eles não vão vencer, não vão tirar a comida da mesa do brasileiro e não vão acabar com o agronegócio”. Disse que o Brasil vai continuar alimentando o mundo e precisa, acima de tudo, respeito com quem planta e produz, começando pela opinião pública, passando pelo poder público e chegando “a cada um de nós”. Concluiu que o agro não está bem, pois é maltratado, pisoteado, tratado de forma irresponsável e inconsequente, e acusado de forma criminosa de destruir o meio ambiente.
Presenças
Participaram o secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Vilson Covatti, representando o governador do estado; o representante do Tribunal de Justiça, desembargador Antônio Maria Rodrigues de Freitas Iserhardt; o presidente da Cotrijal, Nei Mânica, sendo a instituição homenageada com a Medalha da 56ª Legislatura; o presidente da Fiergs e Simers, Cláudio Bier; o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva; o representande da Farsul, Luis Fernando Pires; e a representante da Ocergs, Aguida Maldaner, entre outros convidados.
Apartes
Em apartes manifestaram-se Adriana Lara (PL), Luciano Silveira (MDB), Eduardo Loureiro (PDT), Elton Weber (PSB), Miguel Rossetto (PT), Elizandro Sabino (PRD), Capitão Martim (Republicanos), Guilherme Pasin (PP), Professor Bonatto (PSDB) e Felipe Camozzato (Novo).
Parabéns!