O Fórum de Geração Distribuída (GD) foi um dos destaques desta quinta-feira (17), terceiro dia da 33ª Mercopar. Oito profissionais da área passaram pelo palco 2 e avaliaram o mercado e as oportunidades neste área, além de apresentarem cases e projetarem o que vem pela frente. O cofundador e presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Carlos Evangelista, foi o primeiro a falar. Com mais de 20 anos de atuação no setor de energia, ele apresentou a palestra “Overview do futuro da GD”, focada no aspecto comercial do segmento.
Para Evangelista, o cliente de quem atua neste setor quer ver o gráfico que mostra qual é o valor da fatura de energia sem GD e com GD. “O primeiro motivo para as pessoas investirem em gerar energia é a diminuição do custo da conta, e o segundo é a mitigação do efeito estufa. Essas razões precisam andar de mãos dadas, é preciso existir sustentação ambiental e econômica”, ressaltou. Segundo ele, há 93 milhões de unidades consumidoras conectadas à baixa tensão no Brasil, gerando energia e injetando o excedente na rede de transmissão. A potência instalada é de 33 gigawatts, o que equivale a pouco mais de duas usinas de Itaipu. “A geração de energia não é igual, Itaipu gera mais porque trabalha 24 horas, mas a potência instalada é essa e toda composta de investimento privado”, explicou.
Evangelista ainda informou que em torno de 95% dos sistemas instalados no Brasil são solares e há espaço para crescimento no país. “Este é um mercado que tem oportunidades abertas e investidores dispostos a colocar o capital necessário. Se você quer trabalhar com isso, fazer o curso e comprar os equipamentos, há fundos dispostos a investir”, destacou. No ranking por Estados, ele destacou que o Rio Grande do Sul está na terceira posição, atrás de São Paulo e Minas Gerais.
O Fórum também contou com as contribuições de Tiago Cassol, diretor regional da Associação Brasileira da Geração Distribuída (ABGD) no Rio Grande do Sul e presidente do Programa RS Solar para o desenvolvimento da cadeia de energia solar fotovoltaica; Markus Vlasits, graduado em administração de empresas pela Universidade de Economia de Viena, mestre em administração pública pela Universidade de Harvard (EUA) e com uma carreira consolidada na área de energia; Diogo Stradioto, que atua há 24 anos com projetos nas áreas de Geração de Energia, Eficiência Energética, desenvolvimento e implantação de projetos para geração e reaproveitamento de energia; Paulo Smith Schneider, professor titular do programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da UFRGS, doutor pelo Institut National des Sciences Appliquées de Lyon (INSA-Lyon), França, e com pós-doutorado na The University of Queensland (UQ), Austrália; Odilon Duarte, mestre em Energia Elétrica e Meio Ambiente e com ampla experiência em planejamento e desenvolvimento energético; Everton Amaral, especialista em manufatura digital e Gerente Técnico na Gerência de Desenvolvimento de Metrologia e Serviços, parte da Divisão de Tecnologia e Inovação do SENAI RS; e Wilson Gavião, especialista na conexão da inteligência artificial a demandas por soluções inovadoras, Ph.D. em Ciência da Computação pela UFRGS, em cooperação com a University of North Carolina – USA e líder de projetos de pesquisa e desenvolvimento para a indústria na Rede SENAI-RS de Institutos de Tecnologia e Inovação.
Mercopar 2024
Maior feira de inovação industrial da América Latina, a Mercopar chega à sua 33ª edição de 15 a 18 de outubro, no Centro de Feiras e Eventos Festa da Uva, em Caxias do Sul. O evento é promovido pelo Sebrae RS em parceria com a Fiergs. Em 2023, a feira recebeu um público de 39,5 mil visitantes – somados os acessos presenciais e virtuais – durante os quatro dias de programação. Foram 625 expositores e a geração de R$ 563 milhões em negócios. Em termos de conteúdo técnico, foram 285 horas de atividades.
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