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Semana Caldeira: Como a ‘antifragilidade’ pode criar oportunidades de negócios em momentos de crise

Semana Caldeira: Como a ‘antifragilidade’ pode criar oportunidades de negócios em momentos de crise

Como a ‘antifragilidade’ pode criar oportunidades de negócios em momentos de crise

A antifragilidade, conceito criado pelo professor libanês-americano Nassim Nicholas Taleb e utilizado pela primeira vez no livro Antifrágil: Coisas que se Beneficiam com o Caos, publicado em 2012, foi o tema do bate papo entre o presidente da Dell Technologies no Brasil, Diego Puerta, e o CEO Lojas Renner S.A., Fabio Faccio, na terça-feira (24), segundo dia da terceira edição da Semana Caldeira.

Entre eles, um consenso: as adversidades ajudaram a impulsionar suas empresas.

O local do debate não poderia ser mais oportuno. O painel ocorreu no palco Guahyba, novo espaço do Instituto Caldeira. O complexo, assim como o prédio principal, ficou alagado durante quase um mês após as chuvas de maio e pretende, nos próximos meses, abrigar novos projetos do hub de inovação.

Conforme defende Taleb, ser antifrágil significa ter a capacidade de se adaptar e melhorar diante de situações de estresse e caos. É o oposto de fragilidade, que é aniquilado em circunstâncias adversas

“Estamos nos credenciando para ser uma organização antifrágil. Desde o início, víamos e namorávamos este prédio, pensando que ocuparíamos os nossos 22 mil metros quadrados e começaríamos este projeto, que hoje nos orgulha muito: um distrito de inovação”, disse o CEO do Instituto, Pedro Valério, ressaltando que o objetivo é ocupar os 33 mil metros quadrados com empresas, instituições de ensino e startups. “Temos a ambição de que, em abril de 2025, durante o South Summit, já tenhamos a implementação de empresas.” O espaço também abrigará eventos culturais.

“Você tem que acreditar no trabalho”
Foi nesse cenário, então, que os executivos pontuaram os momentos desafiadores que suas empresas enfrentaram, e como esses momentos as fortaleceram. “Com a minha equipe, faço assim: se eles estão muito preocupados, eu os tranquilizo. Se estão muito tranquilos, eu os incomodo, para que saiam da zona de conforto”, disse Puerta.

Ele relembrou que a Dell surgiu da ideia de um jovem americano de 19 anos, que achava os computadores muito caros. O investimento inicial foi de US$ 1 mil. “De repente, ele começou a competir com gigantes. Crescer é difícil, mas se aprende muito.” Além disso, a empresa enfrentou o Bug do Milênio (um medo coletivo de que os computadores não conseguissem entender a mudança de milênio e causassem uma pane geral em sistemas e serviços), os ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos e a popularização dos celulares e dispositivos móveis.

Pouco mais de uma década após a aterrissagem da Dell no Brasil, ele afirma que a empresa se tornou líder do segmento em todas as categorias em que atua. “Diziam que o PC iria acabar. Seguimos crescendo e nunca deixamos de investir no nosso negócio. Passamos por uma crise, e a empresa voltou a fazer investimentos, mas em dados. A ideia não era mais apenas vender computadores. E a Dell desembarcou no Brasil nesse cenário. Seguimos expandindo. Então, a cultura da antifragilidade é muito importante, mas a resiliência também é necessária. Você tem que acreditar no trabalho e na capacidade de execução, com uma equipe que acredita no valor que pode gerar para o cliente”, ponderou.

Sobre os novos paradigmas, como a inteligência artificial, Puerta afirmou que a empresa está tendo resultados recordes e fazendo transformações.

“O que nos trouxe até aqui, não vai nos levar adiante”
Já Faccio lembrou que, em 2012, a Renner era líder de mercado, mas que, internamente, se pensava que alguns concorrentes estavam “fazendo melhor”. “O que nos trouxe até aqui não vai nos levar adiante. Moda é inovação constante. Nós investimos, então, em um modelo ágil, mas com qualidade. Fizemos isso quando não precisávamos”, contou.

Ele também trouxe como exemplo de antifragilidade a pandemia. “O ideal é não precisar passar por dificuldades, mas, se passar, o importante é não desistir e sim evoluir.” Segundo ele, a Renner estava se programando para fazer novos investimentos quando o coronavírus abalou a economia mundial. Naquela situação, a empresa teve que migrar de um investimento planejado para um salto de confiança, acreditando que os recursos empregados trariam retorno, mesmo sem saber como o consumo da sociedade iria se comportar após a pandemia ou por quanto tempo ela iria durar.

A ideia era se antecipar às tendências de mercado. “Pensávamos que era o momento perfeito, mas com a pandemia vimos que, na verdade, estávamos atrasados, porque foi algo que mudou totalmente o modo de consumo”, ponderou. “Pensamos: podemos sobreviver, mas queremos evoluir. Nós estávamos falando do livro Antifrágil. Estávamos com nossa menor receita, no maior ciclo de investimento da história. Fomos criticados. Agora, estamos colhendo”, revelou.

https://institutocaldeira.org.br/