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Setor florestal quer fazer doação de casas de madeira aos atingidos pelas enchentes

Setor florestal quer fazer doação de casas de madeira aos atingidos pelas enchentes

Setor florestal quer fazer doação de casas de madeira aos atingidos pelas enchentes

A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva das Florestas Plantadas da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) realizou, nesta quinta-feira (23/5), uma reunião extraordinária on-line. Na pauta: demandas emergenciais e estratégias de superação para o setor. O coordenador da Câmara, Jorge Heineck, conduziu os trabalhos, que tiveram a participação do secretário da Agricultura, Giovani Feltes.

Feltes ressaltou que a calamidade atinge a todos e disse estar pronto para somar para, junto com a cadeia produtiva das florestas plantadas, achar meios de mitigar os efeitos do ponto de vista econômico e social. “Vamos implementar esforços com parceiros do resto do Brasil para a reconstrução do Rio Grande do Sul”, garantiu.

O membro da Câmara Setorial das Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Diogo Leuck, afirmou que o setor florestal brasileiro, por meio das associações e indústrias existentes, quer ajudar o Rio Grande do Sul fornecendo casas de madeira que atendem a normas e padrões estabelecidos para os atingidos pelas enchentes. “Temos que agir rápido. Sugiro a criação de um comitê gestor para alinhar as ofertas do país com as demandas do Estado. E também que seja criado um fundo para arrecadação de recursos”. Ele propôs ainda que seja feito um projeto de estados, não só do Rio Grande do Sul.

Leuck ainda pediu esforços para a aprovação do Projeto de Lei 1366, que pretende desburocratizar o setor e mostrar sua importância para a sociedade. “Hoje temos uma demanda de 80 a 100 mil moradias a serem construídas”, pontuou.

Já o professor da Universidade Federal de Santa Maria, Jorge Farias, disse que, para a recuperação ambiental do Estado, é importante saber a quantidade de carbono que uma casa de madeira consegue sequestrar. “Também estamos trabalhando na identificação de vegetações para recompor a mata ciliar, a fim de tentar evitar novas tragédias”.

Nesse sentido, o engenheiro florestal da Seapi, Jackson Brilhante, contou que já existe no Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) da Secretaria um projeto que pode contribuir para a reconstrução do Estado: o de pesquisa e produção de mudas nativas da Mata Atlântica. “O projeto é executado pelo DDPA, em Santa Maria, no valor de R$ 810 mil, que serão aplicados na qualificação da oferta de sementes e mudas florestais nativas do bioma Mata Atlântica”, explicou.

“Mas, ao mesmo tempo em que temos que ter a preocupação de plantar mudas nativas, devemos procurar também inovações tecnológicas. Um exemplo é o projeto que foi usado na recuperação da área da Vale, que sofreu o rompimento da barragem em Brumadinho em 2016, onde foi conduzido um projeto ambiental com plantio de mudas nativas com a técnica chamada indução de florescimento precoce, que consiste na aplicação de hormônios para induzir o florescimento de espécies florestais de forma precoce e, assim, acelerar o processo de recuperação ambiental”.

O diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Seapi, Ricardo Felicetti, destacou que o desafio maior é na reconstrução do solo. “Estimamos que três milhões de hectares vão precisar de recomposição do solo, e as florestas plantadas são um caminho para fazermos isso, vão desempenhar um papel essencial”, afirmou. “Elas vão integrar a agricultura de baixo carbono, sanar danos ocorridos e cuidar dos problemas futuros. E já estamos planejando um projeto para recuperar as áreas afetadas”.

O assessor da Câmara, Fabrício Azolin, acredita que, no processo de recuperação e reconstrução das áreas urbanas e do meio rural atingidas, a importância dos produtos oriundos das florestas plantadas é fundamental e deve ser destacada. “É uma oportunidade para demonstrar à sociedade que todos dependem dos plantios florestais e dos seus produtos todos os dias”.